segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Barra Brava- Sentimento e loucura


Aos leigos, que chamam eu e meus amigos loucos de baba ovo, ir ao estadio não basta, tem que saber torcer , expressar seu amor pelo clube, e a implantação da barra brava no Brasil vem crescendo e muito,ajudando em tal loucura..Desde os primórdios..O Brasil sempre foi conhecida pelas suas Torcidas Organizadas. Porém, nos últimos anos, um fenômeno vem invadindo o Brasil e já tirando o monópolio das Torcidas Organizadas sobre as arquibancadas do futebol brasileiro. Esse fenômeno tem nome e "sobrenome": Barra Brava.

Barra Brava é o principal estilo das torcidas da América Latina. As torcidas mais conhecidas deste modelo são as da Argentina, e consequentemente as dos times maiores (não que essas sejam as melhores), como a La 12 do Boca e a Los Borrachos Del Tablón do River Plate.

Não tenho certeza qual foi a primeira torcida que adotou esse estilo, se foi a Geral do Grêmio ou a Ju-Metal/Setor 2 do Juventus. Porém, independente de qual foi, o fundador de tal era um apreciador desse modo, digamos "argentino", de torcer e decidiu implantá-lo no Brasil (o próprio fundador da Ju-Metal/Setor 2 disse que fundou a torcida em devoção à Argentina, entre outros motivos).

Com certeza, ele começou pequeno. Mudar um estilo de torcer é difícil, e ainda mais se esse estilo lhe "obriga" a pular como louco com meia-dúzia de amigos, no começo, enquanto o resto da torcida ver o jogo confortavelmente sentado ou pula apenas em alguns momentos do jogo (como as organizadas).

O tempo foi passado, e cada vez mais gente, que se contagiava ao ver aquele bando de loucos e apaixonados cantando pelo time, ia se juntando no local onde a torcida ficava.

Demorou, mais depois de um tempo, algumas barras passaram a se tornar maior que as organizadas, é aí que começou o conflito entre ambos. Afinal, as barras cresciam, e as organizadas diminuíam, e isso mexia no lugar onde mais se sente: nos bolso.

Muitas pessoas viviam do dinheiro que ganhavam das organizadas, principalmente com venda de material. E eles, ao ver a torcida diminuindo, partiam para violência e ameaçar de modo a exterminar a outra torcida (no caso, a barra brava). Exemplo disso são os conflitos entre a Geral do Grêmio e as outras organizadas do clube.

Porém, o importante é que nenhuma barra desisitu (só a A-10 Santista que acabou por causa da Torcida Organizada Jovem do Santos que fizeram com que eles desistissem de levar a torcida pra frente). Uma frase entoada numa música da Popular e da Brava Ilha, "não temo ao perigo pelo nosso amor", retrata bem o porquê deles não se ajoelharem diante das ameaças e não deixarem esse sentimento parar.

Hoje, praticamente todos os times da 1ª divisão do Brasil, e vários da 2ª, 3ª e até 4ª divisão, tem uma barra brava. As de maiores destaques são a Geral do Grêmio, Popular do Inter, Guerreiros do Almirante do Vasco e Loucos da Papada do Juventude.

Já está claro que o fenômeno já invadiu todo o Brasil, porém, não há como negar, que esta presença é mais maciça no Rio Grande do Sul, onde praticamente todos os times da divisão principal do Gauchão, tem uma barra brava.

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