domingo, 12 de dezembro de 2010

Até norte-americano tem barra brava !


E.U.A !quando pensamos em esporte nos EUA os primeiros que nos vem a cabeça são o basket dos LAKERS,o beisebol dos NY YANKEES ,a brutal N.F.L e por ai vai . . .
de uns tempos pra cá o Futebol tem ganhado uma certa importancia a mais dos americanos
e falando de futebol nos EUA não podemos deixar de falar do DC UNITED ,um dos maiores clubes de futebol ou ''SOCCER'' como ele chamam por lá,fundado em 1995 o time já possui 4 torneios nacionais a copa comcacaf em 1998 e a copa inter americana ,copa essa que reunia o campeão da libertadores e da comcacaf (o vasco da gama é o unico brasileiro a possuir essa copa).
Atualmente o time conta com 2 brasileiros no elenco e meio campo Fred e o atacante Luciano emilio ex ,RIO BRANCO,XV DE PIRACICABA E BARBARENSE e que hoje é um dos maiores idolos do time sendo artilheiro da comcacaf em 2007 desbancando o mexicana Omar bravo.
Agora falando sobre torcida.
quando vemos o nome barra brava ,automaticamente já pensamos no movimento popular da america latina ,um estilo de torcer com muita alegria e entusiasmo,e talvez por isso que esse é o nome da principal torcida do DC UNITED ''LA BARRA BRAVA''
que diria hein ,os todo poderosos americanos se rendendo aos latinos ,haha
segundo eles (os americanos do DC) essa é uma nova forma de torcer e os EUA precisava sair da mesmisse
se não fosse o ingles ,os BARRA BRAVA seria como qualquer barra latina.

sábado, 27 de novembro de 2010

T.O podem se torna melhores torcidas se pensar mais no clube

T.O não são ruins mais não são maravilhosas tem que pensar mais no clube não so ganha dinheiro.
em baixo para muitos uma das melhores  barras los borrachos del tablon.

As barras brasileiras tem que ter o jeito brasileiro


Eu aviso que eu não quero que as barras brasileiras sejam igual a das argentinas,so quero que o brasileiro torça para o seu time não para sua organizada,que apoia o seu time incondicionalmente ,eu so quero que os brasileiros sejam mais sul-americanos,hoje no brasil o torcedor comum não apoia porque quando vai ao estadio vai ver torcida exaltando a propria torcida não ao clube,eu quero sim barras no brasil mais com um jeito brasileiro.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Apoiar incondicionalmente

Hoje vamos ver como apoiar incondicionalmente

Um exemplo a no video a baixo o flamengo ganho, mais não dependia so dele para passa de fase da libertadores mais a torcida mesmo com a vitoria na raça do time um vitoria 3x2 mesmo assim esqueceu o esforço dos jogadores .veja abaixo o video



Veja outro exemplo da torcida do  racing o time ESTAVA PERDENDO de 2x0 para o maior rival mais mesmo assim apoiarão incondicionalmente o seu time so pelo amor ao clube .veja abaixo O VIDEO

Barra do flamengo Nação 12

Como toda barra brasileira começa pequena mais um dia vai ser grande tenho certesa que um dia vai virar grande.um video abaixo esta uma musica da nação 12


Imagine se fosse toda a torcida do flamengo cantado essa musica

A diferença entre bateria e uma banda

T.O bateria




Banda

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Veja como o o jeito barra brava de receber o seu time

Historias das Barras bravas


Foi na torcida do Nacional do Uruguai que surgiu o termo "hinchada", um nome comum para referir-se às barras bravas. Antes mesmo das barras oficialmente existirem, um senhor comparecia a todos os jogos e não parava de incentivar o time tricolor. Pelo seu costume de inflar (no dialeto platense, "hinchar") bolas de encher todos os jogos, ele ficou conhecido como o "hincha" - um termo que se espalharia por todo o mundo do futebol, especialmente o hispanófono, para designar o torcedor (e "hinchada", torcida).
Tem-se notícia de que o primeiro confronto violento entre torcedores tenha ocorrido em uma partida entre a Argentina e o Uruguai em 16 de julho de 1916 no estádio do Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires. Foram vendidas 40 mil entradas para o jogo, sendo que o local só poderia receber a metade. Como resultado, parte do estádio acabou sendo incendiado.
Curiosamente, o primeiro jogo entre Boca Juniors e River Plate, disputado em 20 de setembro de 1931 também terminou com distúrbios. Três jogadores do River foram expulsos e se negaram a sair de campo, logo, a torcida revoltou-se e iniciou uma batalha contra a boquense.em baixo o video das melhores barras do mundo as argentinas
Em 14 de maio de 1939, no estádio de Lanús, a violência teve suas primeiras vítimas fatais. Em um jogo da quarta divisão entre o Boca e o time da casa, após uma falta cometida por um jogador do Lanús, os futebolistas começaram a se enfrentar, sendo ajudados pelo público. Ao ver isso, a torcida do Boca tentaram derrubar o alambrado e invadir o relvado, mas foram impedidos pelo policial Luis Estrella, que disparou um tiro à arquibancada, acertando e matando dois espectadores, Luis López e Oscar Munitoli, menor de 9 anos.
Estes casos isolados tornaram-se mais sérios no final da década de 1950, mais precisamente em 1958, com a assassinato de Alberto Mario Linker, torcedor do River Plate, quando a sociedade argentina tomou ciência da existência de grupos organizados bastante semelhantes das barra bravas atuais, que controlavam todos os aspectos de ligados a uma partida de futebol. Anteriormente, quando uma equipe jogava como visitante, a mesma era pressionada pela torcida local. Com o propósito de responder a esta pressão, as Barra Bravas nasciam, tendo como caráter moralizados o uso da violência. Pouco a pouco, cada time ia recebendo a sua própria Barra.
Logo, os dirigentes dos clubes começaram a financiar estes movimentos, pagando suas entradas no eventos e as viagens realizadas. O acesso a este benefício dependia da hierarquia dentro de cada barra. Para tanto, era necessário ser violento, o que aumentou os índices de mortes.Entre 1924 e 1957, só haviam registros de 12 mortes a partir da violência do futebol na argentina.



Times pequeno, torcida de grande


A torcida do Riograndense de Santa Maria, Rio Grande do Sul, na temporada 2009 mostrou o que é ter uma torcida “grande” e em momentos chegou a lembrar os clubes de bairros Argentinos.
Como é comum, na Argentina se tem a formação de time de bairros e torcidas relativamente fortes, comparado ao seu tamanho e expressão. No interior do RS, é comum ver já (pela forte influência das barras da capitais) o número de barras, criadas para time menores.
O grande exemplo disso, é o RioGrandense, clube de Santa Maria, da segunda divisão Gaúcha, que conta com uma torcida de primeira. É formado basicamente por Gremistas de Santa Maria.
A cidade de Santa Maria que já possui outro time e outra barra. O Inter-SM conta com a Fanáticos da Baixada também e pelo Rio Grande afora, cresce mais uma rivalidade. em baixo a torcida do riograndense

Barras brasileiras preconceitos


Como em todo mundo tem preconceito,no brasil não e diferente aqui quando aparece um coisa nova sempre e bem criticado, um exemplo e funk que foi muito criticado agora ate playboy gosta, então venho dizer que tem sim preconceito com as barras bravas brasileiras tem algumas pessoas de torcidas organizadas de varios tipos, ficão falando que pessoas de barras são paga pau de argentino ,mais esse tipo de pessoa e muito burro ignorante,porque as barras nem foram inventada na argentina foi no uruguay, as barras  estão presente em toda america latina não so na argentina, mais esse tipo de pessoa que fala isso não sabe nada mesmo, então eu vou dizer para esses caras que falam mal das barras , que as barras estão cada vez mais fortes com o desejo  so de apoiar o seu time com paixão não querendo so ganhar dinheiro,como muitas torcidas organizadas

São-Paulinos na Geral historia da barra do são paulo


No dia 9 de agosto de 2006, o São Paulo jogava contra o Internacional no estádio do Morumbi a primeira de duas partidas pela final da Libertadores América. O time paulista era o atual campeão da competição e favorito na partida. O resultado porém não foi o esperado e, diante da vitória dos visitantes pelo placar de 2 x 1, a maioria dos torcedores presentes no estádio calaram-se e, atônitos com o resultado adverso, estampavam em seus rostos a ausência de uma força que poderia fazer o São Paulo reagir. Surguia então a idéia de reunir um grupo de torcedores que tivessem, como objetivo principal, apoiar incondicional a equipe São Paulo durante os 90 minutos de jogo.
No dia 17 de setembro de 2006 o São Paulo encontrou outra vez o time do Internacional no Morumbi, desta vez em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Um grupo de 17 tricolores resolvem colocar em prática esta idéia. Na geral azul do estádio, esse torcedores cantaram do primeiro ao último minuto da partida, até todos os jogadores descerem ao vestiário. O time paulista saiu vitorioso na partida por 2x0 e surgia o movimento que seria conhecido informalmente como "São-Paulinos na Geral."

São-Paulinos na Geral

O primeiro jogo foi histórico pois, mesmo com seu tamanho diminuto, o grupo de 17 torcedores que pulava e cantava o jogo todo na geral azul, foi notado no estádio. Acabou recebendo elogios do técnico Muricy Ramalho numa entrevista de rádio, o técnico ficou surpreso com a disposição dos tricolorese e passou a, em todos os jogos, fazer o tradicional gesto de raça para o grupo ao sair do campo.
A notícia do surgimento deste grupo chegou a mídia e, com isso, vários outros torcedores são-paulinos souberam da existência deste movimento. No segundo jogo em que o grupo de torcedores se reuniu, na partida contra o Juventude, os 17 torcedores se transformaram em mais de 100 numa partida que terminou com uma goleada de 5x0 do time do Morumbi.
Depois disso o que se viu em todos os jogos do São Paulo no Morumbi foi uma grande festa na Geral Azul.

mudança para a arquibancada

A partir do dia 3 de março de 2008, dia da estréia do São Paulo na Libertadores da América diante do Audax Italiano, do Chile, o movimento deixou de se localizar na geral para se estabelecer na arquibancada azul do Morumbi, próximos à grade da arquibancada amarela, passando a se denominar apenas "São-Paulinos".
Diversos meios da imprensa esportiva, como o diário esportivo Lance![1] e sites especializados,[2] naquele dia estamparam em seus sites e jornais a "subida" do grupo a arquibancada. O primeiro jogo na arquibancada foi bastante marcante para a torcida, com bandeiras, fogos e a presença de mais de 120 torcedores acompanhando o grupo.

Trajetorio dos Gerreiros do almirante a barra brava do vasco da gama

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Torcidas organizadas o lado ruim o lado bom

lado ruim:
Na boa, eu não sei porque essas torcidas têm o nome de “organizadas”. Pra mim, a única razão pra tal é o nome ter sido emprestado do crime organizado. Todos os que conheci que faziam parte delas (de times do RJ e SP), se esse fosse um país sério, não teriam a ficha criminal limpa. Dos que não conheci, eu vejo as barbáries que fazem pela TV e em demais blogs, como o Fim de Jogo. Eu sei que toda generalização é burra, mas torcida organizada só tem bandido.
Eu não vejo essas torcidas fazendo nada verdadeiramente útil nem reais demonstrações de amor aos seus clubes. Só servem para reunir gangues e politicagem. Suas alianças com os cartolas dos clubes confirmam isso: é distribuição gratuita (ou com descontos) de ingressos para organizadas, enquanto o torcedor de verdade que quer ir ao estádio pra torcer pelo seu time e não usar drogas e/ou brigar com a torcida rival é que paga o pato, ou pior ainda, quando há jogos nos quais as bilheterias sequer abrem, pois todos os ingressos já foram distribuidos internamente. Nesse link anterior, chega a ser vergonhoso: a bandidagem tem direito a escolta de batedores policiais!
Há quem defenda que seja possível uma reeducação das torcidas organizadas. No papel é realmente muito lindo, mas duvido que funcione. Pro futebol brasileiro se salvar, são necessárias diversas medidas, mas dentre elas o fim da politicagem barata dentro dos clubes e a extinção das torcidas organizadas são prioridade. Clubes e imprensa reclamam que o torcedor comum nunca comparece aos estádios para apoiar o time nos momentos de dificuldade. É óbvio. Ninguém é besta de se meter entre gente que quando o time vai mal promove quebra-pau com brigas, depredação e assassinato. O torcedor comum ama seu time, mas também tem amor próprio.
O lado bom
Jogo do Corinthians no Pacaembu. Quando a televisão mostra a torcida, ela fecha na Gaviões da Fiel. Se é dia de Flamengo no Maracanã, tome Raça, Jovem e Urubuzada no vídeo. Vez de São Paulo no Morumbi? Então quem aparece é a Independente. Se for o Vasco, a Força Jovem, o Palmeiras, a Mancha, o Botafogo, a Fúria, o Santos, a Jovem, o Atlético, a Galoucura, o Cruzeiro, a Máfia Azul...

Sim, senhoras e senhores, a mídia que tanto critica as torcidas organizadas, muitas vezes com todos os motivos para isso, não cansa de exibí-las. E não é só na TV, jornais, revistas, sites, praticamente todas as vezes em que o objetivo é mostrar a beleza da festa feita pelos torcedores, as facções são destacadas. É que não tem graça mostrar o pessoal da cadeira especial sentadinho chupando picolé.

Na classificação do Palmeiras com 3 a 0 sobre o Vitória na Copa Sul-americana, a torcida teve papel preponderante. Ela e o time de verde se entrosaram, um puxou o outro, e Felipão viveu seu primeiro grande momento na volta ao clube. Não acredito que a empolgação, a força do grito fosse a mesma sem as organizadas. Com ou sem tal rótulo, são esses grupos que mexem com a arquibancada.

Pesquisa publicada pelo Lance! mostrou que 60% querem a extinção das organizadas. Já escrevi que não adianta — clique aqui e aqui para ler. Tal medida coloca os grupos na clandestinidade, dificulta a identificação de líderes e seguidores. E não elimina a violência. O caminho está na criminalização, na punição dos elementos. E o Estatuto do Torcedor avançou nesta direção. Basta cumprir.

O mosaico em homenagem a Marcos, exibido inúmeras vezes na TV e reproduzido nas páginas dos jornais após o triunfo palmeirense, jamais existiria sem as organizadas. Sem elas, algum grupo teria que se organizar para torná-lo real. O problema não é a reunião das pessoas em torno de algo, mas o comportamento inadequado, violento, animalesco. Isso é caso de polícia. Basta tratá-lo como tal.

Setor 2 a historia de uma das primeiras barras do brasil


Como e por que surgiu ?
- No dia 10 de fevereiro de 2001, o Juventus enfrentou a equipe do Etti Jundiaí, em jogo válido pela segunda divisão do Campeonato Paulista. Era um sábado, 15 horas – hora em que os operários saíam das fábricas e abarrotavam a Rua Javari. Naquela tarde chuvosa nascia a Ju-Metal, para defender e apoiar o Clube Atlético Juventus, prestar devoção à Argentina – o único e verdadeiro país do futebol – e promover o ódio ao futebol modernista. Uma idéia que vinha tomando forma desde agosto de 1996, com a invenção midiática da primeira Ronaldo-Mania, que inaugurava a era onde o dinheiro comandaria todas as ações no jogo de futebol. Portanto, era chegado o tempo de agir, de tentar resgatar algo que estava se esvaía à olhos nus e deixar claro o descontentamento com a situação. Mas não se deixe enganar com esse agrupamento que hoje é a raiz de um movimento que se alastrou Brasil afora: a Ju-Metal era muito mais forte onde menos se esperava, e um bocado menos despretensioso do que alguns podem imaginar.

Dificilmente contava com mais de 15 integrantes, mas no primeiro ano viajou mais do que a tradicional torcida organizada do clube, lançou a bomba da discórdia entre a Mooca e a Barra Funda e incomodou a diretoria com um texto, distribuído dentro do estádio, em que execrava sua decisão de mandar os jogos da debutante Copa FPF no campo do Nacional, enquanto o gramado da Rua Javari passava por merecidas reformas.

Nos dois primeiros anos, a Ju-Metal plantou a semente do que seria a torcida atualmente chamada de Setor 2, mesmo sendo alvo de muito preconceito dos próprios juventinos e, claro, do despreparo das autoridades, que constantemente tentavam impedir suas ações. Na prática, aquele novo agrupamento de amigos apaixonados pelo Juventus modificou a maneira de incentivar o time rapidamente, mas demorou um bom tempo até que ganhasse força, conquistasse novos adeptos. A Ju-Metal veio antes da internet, do youtube, foi um movimento levantado na arquibancada, tijolo após tijolo - durante o primeiro semestre só havia um trapo; um tirante viria no segundo.

Apesar do espírito argentino, as atitudes de seus integrantes, muitas vezes, lembravam mais o comportamento dos primeiros hooligans ingleses, dos anos 60 e 70, do que a de um hincha de uma barra-brava. Afora apoiar o time, a intenção principal era chocar, incomodar, cuspir de volta a merda que nos faziam engolir, chamar a atenção, levantar polêmicas, desconstruir unanimidades, romper o comodismo brasileiro e, se possível, fazer daquilo um foco de resistência. Após três intensos semestres, a torcida foi abalada por outra investida do veneno midiático, na pseudo Copa do Mundo, em 2002. Se a Ju-Metal era um grupo pequeno, se reduziria a quase nada depois desse fatídico ano, com a desistência de boa parte de seus integrantes.

O clube também desistiu: não quis adentrar a Copa FPF; quando mudou de idéia era tarde demais. A melancolia dominara o futebol, no “país do futebol” os cartões estavam decidindo campeonatos, não haveria Juvenal, a segunda Ronaldo-Mania estava concretizada e o futebol estava cada vez mais nas mãos de quem não deveria. Mas nem tudo estava perdido.

Nascimento – A Ju-Metal já tinha plantado suas raízes no cenário da Rua Javari quando começou a desaparecer. Com o futebol mundial em pleno e calamitoso declínio, o Juventus escapou do descenso no Campeonato Paulista em 2003, mas não conseguiu evitar a queda no ano seguinte. Nesse período entre o fim da Ju-Metal e o nascimento do Setor 2, pipocaram notícias de que o clube venderia o estádio e fecharia o departamento de futebol profissional. Era grande a possibilidade de uma inédita queda para a terceira divisão estadual. A realidade da torcida do Juventus era tão assustadora quanto à do clube: a tradicional organizada estava mais fraca do que nunca e o Setor 2 não passava, então, de um “sonho impossível”. Mesmo assim, a partir do descenso, começou a surgir um novo movimento atrás do gol da creche. Alguma coisa estava borbulhando ali, e tudo estava baseado na mentalidade e atitudes da Ju-Metal. Na Copa FPF de 2004 a semente, finalmente, começaria a gerar os primeiros, e ainda tímidos, frutos. Andando na contra mão de um comum hábito brasileiro, quanto menos o Juventus vencia, mais a torcida crescia, não abandonava, cantava mais forte, pendurava mais e mais trapos, reagia. Esse foi o momento onde o cimento de nosso campo se transformaria num ímã para loucos, doentes, inadaptados e descontentes com o futebol, graças à insistência de antigos pioneiros da Ju-Metal. Porém, agora não se tratava mais de um grupo de amigos que compartilhavam idéias e sentimentos. Pessoas que não se conheciam começaram a se juntar todos os jogos para apoiar o Juventus, mas também para demonstrar que futebol nunca seria algo artificial, plástico e previsível – como (quase) tudo havia se transformado.

Essa foi a geração de torcedores que começou a levantar o Setor 2 com sangue, suor e lágrimas e não levou sequer um nome próprio – que por sinal era a última coisa que eles necessitavam. Apareciam sugestões como “Los de Siempre”, “Revolução Juventina”, mas tudo o que acontecia, partida após partida, era muito mais forte, irresistível e urgente do que um nome. E o ano de 2005 seria um marco para o movimento no Brasil, graças a Geral do Grêmio – a outra barra que não dependia de Bill Gates. O primeiro semestre foi, uma vez mais, inesquecível para os juventinos de verdade: no comando do time, Edu Marangon – o Boy da Mooca – prometia que o clube voltaria a ser grande, a torcida demonstrava que isso era possível, e mesmo contando com o plantel mais barato entre todos os vinte participantes da Segunda Divisão, o clube levantou a taça, voltando ao seu devido lugar. O que estava borbulhando, explodiu; o que tinha sido plantado começaria a ser colhido. A Ju-Jovem, por fim, passava seu bastão e só se ouviam cantos argentinos na Mooca.

Naquele campeonato tudo se encaixou e a torcida conquistou o reconhecimento, definitivamente, das pessoas envolvidas no clube. Porque do início ao fim da campanha cresceu junto com o time. A velha mágica do futebol, que tanto fazia falta, acontecia novamente: a torcida empurrava o time, não importasse nada (porque quem está na merda não tem mais nada a perder), e os jogadores jogavam com vontade. Estava claro que a Ju-Metal havia ressuscitado em uma nova forma, mais agressiva, barulhenta, apaixonante. O monstro tinha forma, mas o nome só apareceria no ano de 2006. Agora batizado e mais descontrolado do que nunca, o Setor 2 viveria cinco semestres de pura loucura e demência.

Crescimento até a Situação atual – A partir desse ponto, a história não é mais mistério, e quase que se conta sozinha. E a razão disso é exatamente o crescimento. Não havia como ignorar o Setor 2, e parecia que era difícil não se apaixonar por ele. A torcida recebeu neste ano uma inevitável e esperada dose de energia, com a chegada de uma nova geração de torcedores, a maioria atraída pela própria torcida. Na primeira divisão, o Juventus realizou uma campanha inesquecível, com destaques para as vitórias sobre o São Paulo, em pleno Morumbi (no dia da entrega das faixas pela Copa Intercontinental) e a Portuguesa, na Rua Javari (que praticamente decretou o primeiro descenso da história do time do Canindé).

A Travessura estava de volta, e junto com ela a própria identidade do orgulho do time do bairro, que a torcida seguia promovendo. Isso seguramente foi um dos fatores que mais atraiu gente para o Setor 2. A oitava colocação no estadual garantia a classificação para a terceira divisão nacional. O time não foi longe e o mesmo aconteceu na Copa FPF. A torcida não parava de crescer, mais trapos, mais cantos, o fluxo seguia naturalmente, a loucura aumentando. E o pior (assim como o melhor) ainda estava por vir. Foi no ano de 2007 que o Setor 2 ganhou algo que nem o mais otimista integrante da Ju-Metal poderia sonhar: o respeito e admiração do próprio povo do bairro, assim como dos membros mais antigos do clube. O Campeonato Paulista foi dramático, com o Juventus escapando do rebaixamento após vitória de virada, sobre o Paulista, numa festiva e descontrolada tarde na Rua Javari. Das dezenove rodadas, a torcida seguiu o time em dezessete – um marco na historia do clube. E lá se foi o Setor 2 cravar sua bandeira em Bangu, e oito dias depois em Nova Lima, pelo torneio nacional. Após cinco empates e uma vitória, o Moleque estava fora da competição.

E quando tudo parecia acabado, surge o dia 25 de novembro, o título da Copa FPF, numa das partidas mais emocionantes da história do clube – não é sempre que se vê o último chute de uma temporada valer uma taça, que por sua vez coroou o esforço e dedicação dos jogadores, mas principalmente da torcida. Não é preciso dizer que ela seguiria sua marcha incansável e demente no ano seguinte, agora já como uma marca no clube, e ganhando novos adeptos. Uma nova leva de torcedores apareceu após o rebaixamento no Campeonato Paulista. E isso, novamente, mostrava que quanto menos o Juventus vencia, mais a torcida crescia. Porque assim é a energia do Setor 2: natural, odiosa, fanática. E quem pagou o pato dessa vez foi justamente o Nacional, com um 5 a 4 humilhante na Barra Funda. Assim caminha o Setor 2. Mesmo após viver o pior momento em 85 anos de existência do Juventus, com o rebaixamento para a terceira divisão estadual, a torcida se mantém. Como disse El Che Canalla: “se a revolução for verdadeira, não há outra opção senão a morte ou a glória”. JUVE ou nada !

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Campanha faça sua barra

Faça sua barra faça uma torcida diferente para o seu clube torça muito muito alento
Barra brava é um tipo de movimento de torcedores de esportes muito popular na América Latina, conhecida por incentivar suas equipes com cantos intermináveis e fogos de artifício. Costumam localizar-se nas arquibancadas e atrás das goleiras, acompanhando as partidas sempre de pé. Ao contrário das torcidas organizadas não possuem uniformes próprios, estrutura hierárquica e muitas vezes nem mesmo associados.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Barra Brava- Sentimento e loucura


Aos leigos, que chamam eu e meus amigos loucos de baba ovo, ir ao estadio não basta, tem que saber torcer , expressar seu amor pelo clube, e a implantação da barra brava no Brasil vem crescendo e muito,ajudando em tal loucura..Desde os primórdios..O Brasil sempre foi conhecida pelas suas Torcidas Organizadas. Porém, nos últimos anos, um fenômeno vem invadindo o Brasil e já tirando o monópolio das Torcidas Organizadas sobre as arquibancadas do futebol brasileiro. Esse fenômeno tem nome e "sobrenome": Barra Brava.

Barra Brava é o principal estilo das torcidas da América Latina. As torcidas mais conhecidas deste modelo são as da Argentina, e consequentemente as dos times maiores (não que essas sejam as melhores), como a La 12 do Boca e a Los Borrachos Del Tablón do River Plate.

Não tenho certeza qual foi a primeira torcida que adotou esse estilo, se foi a Geral do Grêmio ou a Ju-Metal/Setor 2 do Juventus. Porém, independente de qual foi, o fundador de tal era um apreciador desse modo, digamos "argentino", de torcer e decidiu implantá-lo no Brasil (o próprio fundador da Ju-Metal/Setor 2 disse que fundou a torcida em devoção à Argentina, entre outros motivos).

Com certeza, ele começou pequeno. Mudar um estilo de torcer é difícil, e ainda mais se esse estilo lhe "obriga" a pular como louco com meia-dúzia de amigos, no começo, enquanto o resto da torcida ver o jogo confortavelmente sentado ou pula apenas em alguns momentos do jogo (como as organizadas).

O tempo foi passado, e cada vez mais gente, que se contagiava ao ver aquele bando de loucos e apaixonados cantando pelo time, ia se juntando no local onde a torcida ficava.

Demorou, mais depois de um tempo, algumas barras passaram a se tornar maior que as organizadas, é aí que começou o conflito entre ambos. Afinal, as barras cresciam, e as organizadas diminuíam, e isso mexia no lugar onde mais se sente: nos bolso.

Muitas pessoas viviam do dinheiro que ganhavam das organizadas, principalmente com venda de material. E eles, ao ver a torcida diminuindo, partiam para violência e ameaçar de modo a exterminar a outra torcida (no caso, a barra brava). Exemplo disso são os conflitos entre a Geral do Grêmio e as outras organizadas do clube.

Porém, o importante é que nenhuma barra desisitu (só a A-10 Santista que acabou por causa da Torcida Organizada Jovem do Santos que fizeram com que eles desistissem de levar a torcida pra frente). Uma frase entoada numa música da Popular e da Brava Ilha, "não temo ao perigo pelo nosso amor", retrata bem o porquê deles não se ajoelharem diante das ameaças e não deixarem esse sentimento parar.

Hoje, praticamente todos os times da 1ª divisão do Brasil, e vários da 2ª, 3ª e até 4ª divisão, tem uma barra brava. As de maiores destaques são a Geral do Grêmio, Popular do Inter, Guerreiros do Almirante do Vasco e Loucos da Papada do Juventude.

Já está claro que o fenômeno já invadiu todo o Brasil, porém, não há como negar, que esta presença é mais maciça no Rio Grande do Sul, onde praticamente todos os times da divisão principal do Gauchão, tem uma barra brava.

L!-Ibope: Brasileiros querem a extinção das organizadas

Para muitos torcedores, em geral os mais jovens, elas são uma febre. Têm suas próprias camisas, cantos e gritos de guerra, organizam eventos paralelos, pressionam as diretorias, técnicos e jogadores, e, em alguns casos, têm mais filiados que o próprio clube: são as torcidas organizadas. Mas, para a maioria dos torcedores, elas são mesmo uma doença, porque sua fama extrapolou a paixão pelo time, e festa nas arquibancadas, e se estendeu a brigas e a violência em dias de jogos, tanto dos estádios, quanto nos arredores.
Por isso, a maioria dos brasileiros é a favor da extinção dessas torcidas.
Segundo a 4ª Pesquisa LANCE!-Ibope, 60% são contra a existência desse tipo de torcida, enquanto apenas 30% defendem sua permanência.
Dez por cento dos entrevistados não têm opinião formada sobre o assunto ou não quiseram responder.
Os homens mais são mais favoráveis às torcidas do que mulheres. Entre os homens, a decisão é mais acirrada: 58% são a favor da extinção e 35% são contra. Entre as mulheres, aumenta a diferença entre a opção pelo fim das organizadas e sua permanência: 62% acham que deveriam ser extintas, enquanto apenas 26% defendem sua permanência.
RAIO X DA POLÊMICA
Na faixa que vai dos 10 aos 15 anos de idade, 44% defendem a existência das facções, quase empatando com o outro lado. Já os mais velhos tem visão oposta. Dos que tem mais de 50 anos, 68% apóiam a extinção dos grupos organizados.
Entre as classes sociais, há pouca variação nas respostas e a opção pela extinção se mantém. A Pesquisa indicou, contudo, que nas classes D e E aumenta a indecisão ou a indiferença com relação à questão: 14%.
As torcidas organizadas deveriam ser extintas?
60% Sim
30% Não
10% Indiferente

melhores musicas para começa sua barra,






















Barras materais e Instrumentos

Materiais

Dentro os materiais utilizados pelas barra bravas encontram-se:

Instrumentos

Para gerar um som alto e empolgante, as barra bravas precisam de instrumentos musicais, que variam de grupo para grupo, mas frequentemente usam alguns como estes:
ai vai um video do ensaio da geral mais uma coisabarra não tem bateria tem banda

Medo das barras

A-10 brigada santista acabou pq a torcida  jovem do santos com medo de perder integrates para A-10 e assim perde dinheiro como aconteçeu com a jovem do gremio resolveu apela como toda boa T.O partiu para violencia,  e assim coloco o fim na A-10 brigada santista  q pena para o santos e aos  torcedores do santos q não tem direito de escolha, ai vai um video da  extinta A-10 brigada santista  em 2006

A Cultura Barra Brava se espalha pelo Brasil


Em pouco tempo, houve um boom de barras brasileiras influenciadas pelas novas que se formaram e, principalmente, a partir do uso da internet. Pelo site de relacionamentos Orkut e do YouTube, jovens apaixonados por seus clubes que tinham aversão à torcida organizada começaram a pesquisar e convocar membros para suas Barras.
 Entretanto, grande parte de seus criadores evitavam utilizar o termo "Barra Brava" para se auto-denominar. Utilizavam a terminologia "Movimento".
Assim, destacaram-se  a Alma Alvirrubra do Náutico,a Unidos Por Uma Paixão do Esporte Clube Pelotas, Os Tigres do Criciúma, Resistência Alvinegra do Figueirense, os Loucos pelo Botafogo, do Botafogo, A-10 Santista, do Santos, São-Paulinos na Geral, do São Paulo, a Urubuzada (que se tornaria uma torcida organizada posteriormente), do Flamengo, o Povão Coxa-Branca, do Coritiba, a Guarda-85 do Joinville, a Onda Verde, do Goiás, o Movimento Avante Santa Cruz do Santa Cruz, o Movimento Brava Ilha, do Sport, o Movimento Avante Esquadrão, do Bahia, o Movimento Sempre Vitória, do Vitória, a Taba Bugrina, do Guarani, a Loucos da Papada, do Esporte Clube Juventude e o Comando Azul, do São Caetano

Barra brasileiras

m 2001, no estado do Rio Grande do Sul, a influência vinda dos países vizinhos, Argentina e Uruguai, começa a estimular jovens torcedores a criarem suas próprias Barras. Estes jovens buscavam implementar para seus times torcidas que apoiassem à equipe durante todo o decorrer do jogo, ganhando ou perdendo, e fugir das tradicionais torcidas organizadas, tipo de torcida que prevalece no Brasil, em que grande parte de seus membros usam roupas com um símbolo próprio da torcida. Desta forma, trajando camisas oficiais do Grêmio, surge a Geral do Grêmio, que é a primeira e maior Barra do país. Em São Paulo nasce também a Setor-2, do Juventus. Com o nome de Ju-Metal, era formada por jovens amigos que curtiam rock. Em 2005, com o crescimento da torcida e o fim da Ju-Jovem, muda-se o nome para Setor-2, tornando-se a primeira barra de São Paulo. Não se sabe quem veio Primeiro, mas a Barra Juventina e a Barra Gremista nasceram praticamente juntas. Paralelamente,em 2003 seguindo a rivalidade entre os dois clubes gaúchos, nas arquibancadas do Internacional, surgiram duas Barras: a Popular do Inter e a Guarda Colorada. Gradualmente, a Geral do Grêmio foi ganhando força sobre as torcidas organizadas do clube, consolidando sua força em 2005, quando o tricolor gaúcho estava na Série B. Já no Inter, as duas barras decidiram fundirem-se no fim de 2004, após perceberem a competição que havia entre elas, chamando-a de Guarda Popular do Inter a partir de 2005 e tornando-se uma das maiores barras do país. Ambas as barras gaúchas tem essência bastante semelhante à cultura hispânica, tanto que a Geral do Grêmio é conhecida erroneamente pelo nome de Alma Castelhana. No início, estas barras fizeram versões de cânticos das "irmãs" argentinas para facilitar a divulgação entre os torcedores, reproduzindo, no caso Geral do Grêmio, até mesmo o sotaque e expressões linguísticas comuns nos países da América Platina
Novos movimentos se destacaram e passaram a se formar no Brasil.[20] No início de 2006, a torcida do Botafogo também ganhou a sua barra, chamada Loucos pelo Botafogo. Formaram-se, ainda na metade de 2006, o Movimento 105 Minutos, do Atlético Mineiro, a Guerreiros do Almirante, do Vasco, no Rio de Janeiro, o Movimento São-Paulinos, em São Paulo na metade de 2006 após eliminação do São Paulo Futebol Clube para o Internacional na final da Libertadores da América, a Os Tigres do Criciúma Esporte Clube de Criciúma, mais uma no Sul do Brasil e, em 2007, o movimento surge no nordeste do brasil com a Brava Ilha do Sport Club do Recife

Entrevista com o lider da Primeira BARRA brasileira Paulão da GERAL

O cidadão Paulo Ricardo Saldanha talvez não seja conhecido dos leitores. Trata-se apenas de mais um canoense, morador do bairro Rio Branco e freqüentador da Paróquia Imaculada , que tem um hobby bastante comum: o futebol. Torcedor fervoroso do Grêmio, Paulo Ricardo Saldanha não perde um jogo no Olímpico e acompanha a equipe aonde ela vai, juntando-se à fanática massa torcedora do Tricolor pelos estádios deste Brasil. Quando adentra os portões do estádio, porém, o cidadão canoense Paulo Ricardo Saldanha sofre uma transformação. Deixa de ser mais um morador de Canoas e da Rio Branco para transformar-se numa das figuras mais conhecidas de quem acompanha o futebol no Rio Grande do Sul: o Paulão da Geral. Aos 49 anos, Paulão é uma lenda viva: segundo ele, há quem pense que se trata de uma figura virtual, tantas são as histórias que cercam seu nome e a fundação da Geral do Grêmio, talvez a mais importante, influente e inovadora torcida que já surgiu no futebol brasileiro, fruto de uma mescla inteligentíssima entre os estilos brasileiro e hispano-americano (e não somente platino, como alguns crêem) de apoiar o time. Paulão está ciente disso e, como veremos a seguir, acha que a Geral, conhecida pelo mote “amizade, trago e alento”, não pode se limitar a ser apenas um grupo de fanáticos: pode, sim, ser uma força viva e atuante dentro do Grêmio, capaz de ajudar em situações difíceis como as que o clube ora vive. E faz uma revelação que diz muito aos leitores de nosso jornal: a de a Geral do Grêmio  nasceu em Canoas.
Tu és natural de Canoas?
Paulão da Geral: Eu nasci em 1961 e morei em Porto Alegre até os oito anos. Então vim para cá e morei no Bairro Fátima por nove anos. Aí na época da copa de 1974 eu fui para o Rio Branco, onde estou até hoje. E sempre fui gremista. Mas eu não ia a estádio, não era fanático. Lembro que na época em que eu estudava tinha 10 gremistas e uns 35 colorados na minha sala no colégio. O Inter tinha um timaço, foi tri campeão do Brasil, octacampeão gaúcho, era espetacular. Até que 1977 o André Catimba arrebentou a correia da bicicleta e fez o gol. Eu lembro daquele time de cabeça.
Aquele time de 1977 era mítico. Não só porque era um time muito bom – tinha jogadores como Ancheta, Éder, Tarciso, Alcindo, Tadeu Ricci, André Catimba – mas também por esse detalhe, da conquista do título em cima da melhor equipe que o Inter já teve….
PG: Tinha o Iura, que corria todo o campo e marcava o Falcão. Ele é o tipo de jogador que nem tem hoje, ele beijava o distintivo com paixão de verdade. O que mais me marcou era que o Inter era um time muito bom, tenho que reconhecer, e nós ganhamos deles. Lembro que o jogador que eu mais odiava era o Escurinho. Ele entrava aos 40 do 2º. tempo e fazia um gol. Mas aí nós colocamos o time sob as ordens do Tele Santana, que foi um dos melhores treinadores que já teve no Brasil. Não foi o melhor porque teve  o Ênio Andrade, que pegava o time da minha rua e fazia ser campeão (risos). Era o famoso “cabeça”. Mas o Telê fazia as jogadas ensaiadas, o time era todo arrumado. Tivemos também o Oberdan, que era, como dizia o Ratinho, tinha “café no bule”. Quando chegou, disse: “o Escurinho não cabeceia mais na minha área, e não cabeceou mais”. O time tinha sangue e hoje, sinceramente, é o que está faltando.
Já ias ao estádio nessa época?
PG: Sim. Na primeira vez, fui com uns primos colorados que trabalhavam em Porto Alegre e,  por uma ironia do destino, fui na coréia do Beira Rio. Fui assistir o jogo da seleção do Cláudio Coutinho contra a seleção gaúcha, que foi 3 a 3. Depois eu fui num Grêmio e Vasco, quando o Olímpico ainda não tinha essa parte de cima coberta, construída pelo dr. Hélio Dourado. Foram as minhas “estréias” em estádio.
Quando começaste a participar de torcidas organizadas?
PG: Entrar em torcida, só entrei no fim da década de 80. Eu fui entrar até bem tarde lá, mas já vivia muito o Grêmio. Eu trabalhava na Liquigás lá na Rio Branco e eu conheci um rapaz, o Mário, que era da Jovem e me convidou pra ir. Ele disse “Paulão, tu gostas de ir a jogo, então entra na torcida, ganhas uns descontos, vale mais a pena”. Aí entrei e  aquilo virou uma enfermidade. Aí em 2000 nós saímos , eu e mais uns 11 caras , a maioria de Canoas, e formamos a Geral. A base era daqui.
Qual foi o primeiro jogo da Geral?
PG: Bem, foi um processo. A gente teve uma discussão. Eu já tinha uns 30 anos e não queria mais entrar com o Tazmania nas costas e cantar música pro Trensurb, “o terror do trem”. Pô, eu já tava quase avô! (risos). Mas eu não conseguia ficar sentado em casa, também. Aí achei que a gente podia retomar algo dos argentinos, porque, querendo ou não, somos vizinhos, né?. Foi na época do Primeiro Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Eu e uns camaradas conhecemos uns argentinos , tomamos uns mates doces, comemos uma carne assada e convidamos a ir para o jogo contra o Atlético Mineiro. Fizemos o primeiro Mercosul da arquibanca, tinha gente do Chile, argentina, tudo. Mas a base era daqui mesmo, de Canoas. Quem começou foram 11 , 12 caras daqui. Um que trabalhava na San Marino, outro que o pai dele era dono da Mosqueteiro, foi morar em Torres e tem dois em Novo Hamburgo, aí ficou eu, o Alemão, o Fabiano, o Leandro e um ou outro. Mas tinha cara que achava que eu era lenda, que eu era virtual. Eu nem sou muito de ficar no foco, mas não sou virtual (risos).
E qual foi a opinião destes argentinos, chilenos e uruguaios que assistiram aos jogos?
PG: Espetacular, acharam legal. Eles viram que no Brasil cantavam as musicas deles e achavam o máximo. Aí um pessoal de Porto Alegre começou a chamar de “Alma Castelhana”, mas a gente nunca chamou disso, não tínhamos nome e não chamávamos de Geral. Quem começou foi a imprensa. Depois, conforme a gente começou a cantar, começou a aparecer um uruguaio que morava em Porto Alegre, um argentino que ficava de passagem e cantava em portunhol, e a gente teve que fazer trabalho pra aportuguesar a música. Eu moro no Brasil, tenho que cantar em português. No inicio foi brabo para entrar com bumbo, faixa, mas acabamos conseguindo.
Como apareceu o nome “Geral do Grêmio”?
PG: Um dia na reunião do BOE, com o coronel Pacheco, tinha reunião com os colorados e os gremistas , e ele perguntou afinal qual o nome dessa torcida e eu pensei na promoção da Pizza Hut que tinha naquela época,que dava ingresso para a Geral. Aí pensei a gente vai na Geral, e vai em proveito do Grêmio, então eu disse: Geral do Grêmio!
Foi naquele momento?
PG: Foi, sim. Surgiu na hora. Mas a gente sofreu problemas. A diretoria, as próprias organizadas começaram a ver a gente como ameaça. E eu acho que é momento da Geral participar mais da vida do clube, nós não podemos ficar só no “amizade, trago e alento”. Porque eu acho que é o maior movimento popular que surgiu no RS nos últimos anos. Eu vejo a Geral como o grande maestro do Olímpico.
E começou espontaneamente….
PG: Mas se tu pegares a torcida do grêmio na década de 70 tu vais ver o ímpeto, a cantoria, mas não tinha essa organização que tem hoje. O torcedor do Grêmio tem um “tchan” diferente, não que o do Inter não tenha, mas a gente tem outra coisa diferente. O Grêmio tem uma identidade forte, copeira. Tinha, né? Porque hoje…
Tu não estás contente com a atual administração?
PG: É só olhar hoje na tabela. O Grêmio ‘tá na ponta de baixo. A gente ganhou o campeonato gaucho para encher lingüiça. Aí vou dizer que fui campeão da Copa da Amizade contra o Nacional. Acha que nos vamos ir longe assim? Eu acho que não tem pulso. Acho que o nosso presidente não está indo bem. Eu acho que o maior patrimônio de um clube é a sua torcida, mas a torcida não está tendo nem respeito. Sabe quantas vezes a gente conseguiu que o Duda Kroeff falasse conosco? Nenhuma. O Grêmio tem jogado mal, tem feito uma campanha horrível, tens visto alguma briga? A Geral é comportada, a gente quer apenas respeito conosco e que deixe entrar o material  para torcer. O presidente não escuta a torcida, não respeita.
Acha que as administrações anteriores respeitavam mais a Geral?
PG: O presidente Guerreiro, graças a uma intervenção do sr. Denis Abraão, nos deu um apoio. Depois, teve o seu Obino e ele  lavava as mãos. Quem realmente interagiu conosco e botou normas e disciplina, nos escutou e viu coisas que a gente trouxe de bom foi o sr. Paulo Odone. Ele é uma pessoa democrática. Se ele voltar, vai ter apoio de todo mundo.
Falaste que há uma inspiração nas torcidas castelhanas. Como começou?
PG: Lembra das primeiras Libertadores que o Grêmio foi jogar? Até hoje, tu vês um jogo na Argentina, no Uruguai, e vês a paixão que eles têm. A nossa torcida não cantava  todo o tempo, éramos espectadores, o estádio não fazia diferença. A gente tem que ser torcedor e não espectador. Agora, eu sou brasileiro, quero que ganhe da Argentina sempre – apesar de não morrer de amores pela seleção, principalmente quando vai um dos queridos da Branca de Neve treinar (risos) – mas eu respeito muito a seleção deles, a raça deles, assim como do Uruguai, a torcida deles. A Geral mudou o contexto no Brasil. Já fui para a Argentina e Uruguai várias vezes, já fui assistir jogo do Racing. Eu adoro o Racing. A torcida deles é maravilhosa.
As torcidas deles conhecem a Geral?
PG: Eles conhecem, sim, gostam. Eu até já dei entrevista lá. Hoje tem uma turma do Almagro que tem a mesma camisa do Grêmio. Eu até estou querendo entabular com a diretoria do Grêmio o seguinte: o Almagro faz cem anos no mês de janeiro de 2011 e eles querem o Grêmio lá para fazer um jogo com eles. Seria bonito. Estou trabalhando nisso.
O Grêmio é muito respeitado na America Latina?
PG: O Grêmio é muito grande, cara. Tu dás uma volta para a Argentina e todos te reconhecem. A gente tinha até uma amizade com a torcida do Boca até a final da Libertadores, quando deu aquele quebra-quebra….
OT: Existia mesmo aquela amizade de que tantos falavam?
PG: Sim, eu tenho um livro da La 12 assinado pelo chefe da La 12 (risos). Eu até hoje tenho meus amigos, mas não com a torcida. O Nacional, o Almagro, esses são nossos amigos.
E as ações sociais da Geral?
PG: Temos a GAS – Geral Ação Social, que é uma “homenagem” a aquela palhaçada que criaram, o Geral Ataque Surpresa, que diziam ser neonazis. Isso é bobagem, não tem na Geral. O Grêmio é o único time que tem a cor negra, o único time que tem um negro compondo o hino, o único que tem negro na bandeira. Isso é palhaçada. Por isso resolvemos aproveitar esse nome para fazer algo positivo.
Para ti, quais são as melhores torcidas do mundo?
PG: Acho as mais fanáticos os gregos do Panathinaikos, os turcos do Galatasaray, os, os uruguiaos, argentinos, os chilenos da La U. Gosto muito da Galoucura. Em organização aqui no Brasil ninguém ganha dos Gaviões da Fiel, do Corinthians.  Gosto também do Liverpool, eles cantam bem, quando um começa a cantar todos estão cantando. O estádio é todo cadeira, mas tanto faz o cara ficar sentado ou parado, o que importa é o alento. É o que eu digo pros guris: não vamos entrar com bumbo ou trapo? Tudo bem, continuamos com a garganta. Se eles não lacrarem a nossa boca não tem problema.
Hoje, no quadro das torcidas, acha que a Geral é a mais apaixonada?
PG: Acho que é. Mas precisa ainda organizar. A paixão, o sentimento, é a maior. Dou exemplo. O Inter jogou contra o Banfield e eu assisti um jogo com um torcedor deles e ele disse que a nossa torcida era do nível, pra melhor, da do Boca e da do Racing. Temos amizade com Avaí, Vasco, Palmeiras, Coritiba, Atlético Mineiro……cara, a Galoucura eu admiro! É um Racing da vida, os caras não ganham nada há 200 anos e mesmo assim cantam o tempo todo!

Simplesmente alentar uma paixão que o brasileiro ainda não sabe

Qual diferença entre torcer e alentar? Na teoria, nenhuma. Os dicionários os tratam como sinônimos, já que o termo em castellano significa o ato de incentivar, apoiar alguém ou algum time. Mas na prática há diferença. E como há. Depois de Riquelme monopolizar minha atenção na noite de sábado, na Bombonera, tirei o domingo para viver um dia de “hincha”. Acordei cedo, combinei com alguns amigos portenhos e fui para o bairro Floresta. Mais precisamente ao estádio Isla Malvinas, onde o modesto All Boys, de volta à Primeira Divisão após 30 anos, recebeu o gigantesco River Plate pela 13ª rodada do Torneio Apertura. Bastaram alguns minutos, nem foi preciso esperar a bola rolar, para ter a certeza: nas arquibancadas, eles (os argentinos) são diferenciados.
Se no Brasil torcemos em busca do orgulho de ser campeão, aqui eles têm orgulho somente por torcer. Obviamente não dá para medir paixão, seja no Brasil, na Argentina, ou em qualquer outro lugar, mas dentro da “cancha” eles se mostram mais intensos. Tão intensos que o jogo em si parece ser mero detalhe. Em uma época em que em nosso país os clubes itinerantes levantam o debate sobre a identidade e o amor à camisa, na Argentina permanecem vivos os lados afetivos, o barrismo positivo. Mais do que o All Boys, os “albos” defendem o bairro de Floresta, cantam em alto em bom som suas raízes. E de forma incessante.
Por menor que seja o estádio, por menos importante que seja a partida, todos estão sempre lá com seus papéis picados e gogós afiados. Não param um minuto. E digo isso das duas torcidas. Como de costume, há cantos são ofensivos ao rival, mas a maioria exalta a própria bandeira. Surpreendeu, por exemplo, os locais não relembrarem ao apoiador dos “millonarios” Buonanotte o acidente que sofreu recentemente e matou três de seus melhores amigos. Imaginam isso no Brasil? Não estou dizendo que eles são melhores, mas me passaram a impressão de se divertirem mais com o futebol. O placar, obviamente, importa. Entretanto, não é fundamental. Estar presente e apoiar, sim. Seja qual for a colocação ou a luta de sua equipe.
Não tenho dúvidas de que cada um dos cerca de 20 mil que estiveram no estádio Isla Malvinas foi para casa com a certeza de que se divertiram. Uns mais felizes que outros, claro, mas todos desfrutaram de todo o espetáculo de maneira muito menos tensa do que estamos acostumados. Me fez lembrar o Carnaval, sinceramente. Pulavam e cantavam sem parar. No intervalo, bombeiros entraram em campo para que jatos d´água amenizassem o calor. Aí, então, a festa foi completa.
Em campo, uma partida muito disputada no meio do reduzidíssimo campo não merecia mesmo muita atenção. Tanto que não é raro flagrar torcedores cantando e pulando que sequer olharem para o gramado. Em péssima fase há algum tempo, o River perdeu por 1 a 0, gol do uruguaio Rodriguéz. Entretanto, pelo menos pelo que me pareceu, ninguém foi para casa revoltado. Os gritos dos “borrachos del talón” foram ouvidos de forma mais nítida justamente qual sofreram o gol. E ao término da partida os jogadores receberam aplausos. Nada de vaias ou protestos. Olha que a equipe está na chamada zona de promoção (que disputa playoff com terceiro e quarto da Série B) e corre risco de cair pela primeira vez na história.
A má fase do rival, por sinal, foi alvo de brincadeiras dos “albos”, que levaram cartazes com a letra B enquanto os visitantes saíam. Pois é, isso também é bem diferente. Após as partidas, os visitantes saem primeiro e a torcida local é obrigada a esperar por 40 minutos até que os portões sejam abertos. Adivinham o que fazem neste período? Lógico, cantam e pulam.
Em breve volto ao Brasil, volto para o Brasileirão, volto para a rotina, mas volto com uma certeza: muito mais interessante que torcer, é “alentar”.
TEXTO DO BLOG :BRASIL MUNDIAL FC

domingo, 7 de novembro de 2010

Compare os 2 tipos

Primeiro torcida organizadas  não são  ruim mais comparado as barras,olhe esse exemplo peguei uma barra do juventus da mocca que e um time pequeno mais setor 2 do juventus  uma das 2 primeiros barras do brasil, veja e compare com uma com a torcida jovem do santos repare na melodia todos cantado e da do santos so 2 pessoas sim a musica e nova mais quando eu vo na minha torcidas eles dão um papel com as musicas espalhão na internet organizadas tem que ser um pouco mais ORGANIZADAS

BARRA DO JUVENTUS



TO JOVEM SANTOS

Torcidas organizadas vs Barra bravas. que e melhor?

Torcidas organizadas tem os seu bandeiroes e sua força em todo brasil

As barra tem cantos  bonitos e muito empolgantes e gostão muito de apoiar

inicio

Barra-Bravas ou “Barras”, são as torcidas que sempre vemos em jogos de equipes latino-americanas. Situadas geralmente nas arquibancadas atrás de uma das goleiras, esse movimento de torcedores fanáticos, é famoso pelo apoio INCONDICIONAL que os torcedores demonstram ao seu clube de coração, cantando do início ao final das partidas cantos de incentivo tanto na vitória quanto na derrota, levando faixas e bandeiras com frases de apoio a equipe e os jogadores. Recentemente, movimentos desse tipo estão sendo formados no Brasil (país das Torcidas Organizadas, que tem outra forma e estilo de torcida), buscando renovação na forma de torcer. Atualmente, as maiores e mais atuantes "Barras" brasileiras são a Geral do Grêmio (Grêmio FBPA) e a Guarda Colorada/Popular do Inter (S.C. Internacional), ambas do estado do Rio Grande do Sul. Outros pequenos movimentos também estão crescendo, como o Setor 2 (Juventus-SP), Movimento 105 (Atlético Mineiro), Alma Alvirrubra (Náutico), Taba Bugrina (Guarani), Loucos pelo Botafogo (Botafogo), Setor 40 (Flamengo) e Guerreiros Do Almirante (Vasco da Gama), A-10 Brirgada Santista (Santos), Arquibancada Alvinegra (Figueirense), São-Paulinos na Geral(São Paulo), Onda Verde (Goiás). Torcedores de outros clubes também já estão com projetos para criarem suas “Barras”.
Cada movimento tem suas peculiaridades, mas uma coisa todos tem em comum: Dariam suas vidas pelo amor ao seu clube.